quinta-feira, 30 de junho de 2016

O vestido de noiva é como o amor

O prometido é devido.
Este mês que agora termina é tradicionalmente o mês de Santo António, tradicionalmente também santo casamenteiro.
A Joana, a minha luz de presença (texto blogue) VAI CASAR com o António e, sim, o que há muito anunciava, vou ser madrinha.
Preparado ao pormenor no passado sábado recebemos o esperado convite - "Queres ser minha madrinha?"
- Dissemos todas que sim.
E a missão vamos casar a Joana começou.
Lá fomos ao evento experimentar vestidos de noiva, ou melhor, ver a nossa Jojo experimentar vestidos de noiva.
Ela mais crítica que nós que entre UAUS, Jojo princesa, fica-te tão bem...
A dado momento, a Sra que a assessorava (sim isto dos vestidos de noiva é um assunto sério - agenda-se, toca-se à campainha para entrar na loja e não se pode fotografar) - disse: "Não arranje motivos para justificar porque é que gosta - quando se gosta, gosta-se e pronto".
E chegou o último, ela nem o tinha pedido, não tinha as características que ela sonhou, só que foi com esse mesmo que ela se emocionou... tentou justificar-se "Sou de lágrima fácil...", - Sabedora, Não chorou com nenhum outro retorquiu a assessora."

Era aquele.

Que nem o amor certo. Que surge sem nunca pedirmos, que não sabemos nem porque é que é ele e não um outro, que não tem as características que idealizamos, só que é o certo, é o nosso - que nem o vestido de noiva para a Joana.



A praia não foge

Há dias combinava um domingo de praia com o meu primo Henrique - um alentejano da maior excelência que conheço.
Ele havia-se despachado primeiro que eu e encaminhava-se para a nossa praia.
Assim que recebi a sua mensagem, apressei-me a justificar que ainda não tinha tomado o pequeno-almoço, que o faria dentro de instantes.
Ele respondeu-me: "Tranquila. A praia não foge."
Tão banal e tão preciosa como a luz de cada dia foi esta frase.
Tantas vezes consideramos que a nossa praia nos foge como uma ampulheta que conta o tempo.
E o que é esta nossa praia?
O trabalho que temos por fazer ou terminar, a tese que temos de entregar, o peso que queremos perder, os negócios que queremos fechar, o amor que queremos esquecer ou encontrar, a pessoa que queremos ser.
Os atalhos por onde vamos para chegar sempre mais rápido, levam-nos, encaminham-nos habitualmente para más escolhas - o trabalho com menos brio, perda de dinheiro, a escolha de pessoas erradas, má comida...
Os atalhos retiram a beleza do olhar o nosso caminho, da paisagem, dos verdadeiros companheiros de viagem...
Muitas vezes, agora, digo de mim para mim, "Tranquila. A praia não foge." - Obrigada Henrique.

                                               

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Keep it simple




Uma cama feita de lavado.
A chegada do comboio que traz quem amamos.
Os campos aos quais são colhidos os frutos das searas de inverno.
As culturas de verão, que esperam pelo seu tempo.
Tantas cores  neste Alentejo.
A nossa praia de sempre.
Até o lugar de estacionamento à nossa espera.
O mergulho num mar agitado,
de uma água limpa e transparente.
As corridas num areal sem fim,
um pôr do sol,
O bailarico de Santo António.
As cores e os cheiros de um largo enfeitado.
Os sucessos profissionais dos que amamos sempre,
presentes cheios de sentido,
partidas  no tempo certo e na intensidade do amor,
orgulho dos obstáculos superados pelas nossas pessoas,
beleza e simplicidade de acontecimentos que são bateria,
para encher de luz mais uma semana.

O meu caderno.





Bem-vindo fiel companheiro,
esta página é para ti - tinha que ser.
Tu e esta fiel amiga BIC,
elegante e brilhante,
como a nossa luz,
Te risca e rabisca e torna ainda mais único,
como a Rosa do Principezinho.
Mais único por guardares todas as luzes,
as de todos os dias. 
Antes de irem para o blogue,
agora passam por ti,
pelo teu crivo de inspiração.
Irás assistir a borrões, 
irei inutilizar muitas das tuas folhas.
Seremos confidentes e presentes,
de textos pelo mundo, sobre o mundo e com o mundo.
Viajaremos juntos com tudo o que trago dentro e,
o muito que recebo de fora.
Obrigada. Muito. 
A quem foi luz, e te me o ofereceu.
Tão diferente. Tão igual.
Meu caderno.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Treinadores.

.

Que nem o balão de São João, eles fazem me voar alto e brilhar com uma luz que ilumina e queima por dentro.
São eles, os meus treinadores.
Aqueles que acreditam em mim primeiro.
Que acreditam que sou capaz.
Com eles o caminho fica mais ágil, o percurso encurta e até as lágrimas que queimam têm como destino os lábios de um sorriso rasgado.
Afinal consigo.
Não só acreditam como estão lá, comigo e para mim.
Dão me o seu tempo, dão me o seu conhecimento, as suas tácticas, ajudam-me quando preciso a fazer as mudanças necessárias, a enfrentar cada jogo, a tirar jogadores do caminho, a fazer substituições quando necessário.
Com eles, o rumo é sempre à vitória, comigo.
(Tiago, Joana, Filipa, Miguel, Mariana, Gonçalo, Cátia, Lili e Fábio - Este post é para vocês)