terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Lição do Fadista e do indiano

No outro dia o meu pai ligou-me desesperado - estava em maré de azar, o cão que o ajuda a pastorear as ovelhas tinha sido envenenado.
Pintava-me um cenário de horror.
Depois de o ouvir, sugeri-lhe que fosse ao hospital veterinário mais próximo, talvez tivesse tratamento.
Hoje deixei o telefone a reparar o ecrã num indiano, informaram-me que estaria pronto duas horas depois - Voltei passadas duas horas. E nada. O indiano por sua iniciativa decidiu levá-lo para um amigo para o reparar. Pânico!
- Amigo quero o meu telefone hoje, tenho que ir para Sines, muitas pessoas para atender, meninos para dar catequese... vou ficar com vida muito enleada.
Indiano: Muitas desculpas senhora. Tudo culpa minha, vou resolver para senhora.
Meteu-se no expresso, foi para Lisboa, e virá ainda hoje para Évora. (Assim espero, porque encontro-me à sua espera)
Conseguem identificar o que de comum têm estas duas histórias? E o porquê de serem duas luzes de dia-a-dia?
O foco. Por vezes centramo-nos só no problema e esquecemo-nos do mais importante, a solução.
Antes de todo um filme de terror que possa passar pela nossa cabeça, ou mesmo depois de passar com o problema que está a acontecer, que nos bloqueia os movimentos e nos impede de agir - que o problema seja a mola e o trampolim que nos empurra para a solução. Passito a passito.
O fadista está melhor e o meu telefone chegará no expresso das 23 horas.




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